Caíram todos na armadilha
dos homens postados
à esquina
E de repente
no bairro acabou o baile
e as faces endureceram na noite
Todos perguntam por que foram presos
ninguém o sabe
e todos o sabem a final
E ficou silêncio
dum óbito sem gritos
que as mulheres agora choram
Em corações alarmados
segredam místicas razões
Da cidade iluminada
vêm gargalhadas
numa displicência cruel
Para banalizar um acontecimento
quotidiano
vindo no silêncio da noite
do musseque Sambizanga
- um bairro de pretos!
Por Agostinho Neto, poeta e revolucionário angolano.
Hoje pela primeira vez posto aqui um texto que não é meu, mas achei muito válido.
quinta-feira, 5 de abril de 2012
quarta-feira, 20 de abril de 2011
O futebol, minha religião
Hoje é dia de missã
ôôôôôôôôôôôô!
De igreja em igreja
O vinho passa
De mão em mão
Na hora marcada
Tudo em vermelho
Todos bem vestidos
Bola ao centro
Estamos acertados
Em prova o sermão
De nosso representante
frente nossos guardiões
As lembranças dos herois da história
A tanto tempo repassadas
Estamos em boas mãos
Estes agora com as mesmas vestimentas
Quem a produz não faz muita diferença
Mantemos a chama acesa
Choramos por essa paixão
Sorrimos ao lembrar dos bons
O nosso grito abafa os contrários
A paixão jamais nos deixará viver
em paz longe de ti.
Fim da batalha
Ainda não recebemos os pontos
A quem condene por antecipação
Mas só quem viver verá esse fim
Seguimos as ultimas re flexões
Metaforas de lá, apostas de cá
Quem melhor souber utilizar
Da boa conversa amiga
Levará os pontos para melhor usar
Na sua campanha da vida
Pra quem não acertou
a oratória do bando
Domingo que vem tem mais
e na proxima guerra nosso discurso não mudará
Porque futebol é minha religião
O Inter meu credo
O Beira-rio o meu templo.
Por Pedro Palaoro
ôôôôôôôôôôôô!
De igreja em igreja
O vinho passa
De mão em mão
Na hora marcada
Tudo em vermelho
Todos bem vestidos
Bola ao centro
Estamos acertados
Em prova o sermão
De nosso representante
frente nossos guardiões
As lembranças dos herois da história
A tanto tempo repassadas
Estamos em boas mãos
Estes agora com as mesmas vestimentas
Quem a produz não faz muita diferença
Mantemos a chama acesa
Choramos por essa paixão
Sorrimos ao lembrar dos bons
O nosso grito abafa os contrários
A paixão jamais nos deixará viver
em paz longe de ti.
Fim da batalha
Ainda não recebemos os pontos
A quem condene por antecipação
Mas só quem viver verá esse fim
Seguimos as ultimas re flexões
Metaforas de lá, apostas de cá
Quem melhor souber utilizar
Da boa conversa amiga
Levará os pontos para melhor usar
Na sua campanha da vida
Pra quem não acertou
a oratória do bando
Domingo que vem tem mais
e na proxima guerra nosso discurso não mudará
Porque futebol é minha religião
O Inter meu credo
O Beira-rio o meu templo.
Por Pedro Palaoro
sexta-feira, 18 de março de 2011
A Consciência
Você sabe quando tem vontade
Você sabe quando tem capacidade
Você sabe quando não se tem oportunidade
se deixa de ser o que se realmente é
eu não tenho maus antecedentes
eu não tenho más indicações
eu não tenho mais explicações
Sou amigo de tantos
Sou parceiro de tantos outros
Sou tão ruim quantos todos
Aquilo que não me faz dormir
Aquilo que não me faz sorrir
Aquilo que não me deixa pensar
não deixa de ser o porque.
Sou tão honesto
Sou tão pagão
Sou tão efêmero
e tão ficcional o quanto se quiser.
A fase de quem quiser
A fase de quem puder
A fase de quem estiver
disposto
Me assemelha
Me capacita
Só me deixa mais louco
E se você viu
E se você não viu
E se você fugiu
não me fez menos triste
Por saber que tudo isso sempre é passageiro
a cada 3 meses.
por Pedro Palaoro
Você sabe quando tem capacidade
Você sabe quando não se tem oportunidade
se deixa de ser o que se realmente é
eu não tenho maus antecedentes
eu não tenho más indicações
eu não tenho mais explicações
Sou amigo de tantos
Sou parceiro de tantos outros
Sou tão ruim quantos todos
Aquilo que não me faz dormir
Aquilo que não me faz sorrir
Aquilo que não me deixa pensar
não deixa de ser o porque.
Sou tão honesto
Sou tão pagão
Sou tão efêmero
e tão ficcional o quanto se quiser.
A fase de quem quiser
A fase de quem puder
A fase de quem estiver
disposto
Me assemelha
Me capacita
Só me deixa mais louco
E se você viu
E se você não viu
E se você fugiu
não me fez menos triste
Por saber que tudo isso sempre é passageiro
a cada 3 meses.
por Pedro Palaoro
quinta-feira, 27 de janeiro de 2011
O furacão
Ah e como é duro a responsabilidade de conviver a só!
Viver do que se quer e
poder rir disso
Fazer do dia a sua batalha
e da hora
o seu presente
O horizonte é nublado
todos espantados
as mulheres em prantos
as crianças em choque
As trovoadas amedrontam
os deuses sem piedade
o mar revolto
Facas em punho
mordaças apertadas
animais grunindo
Mesmo que a terra de todos fosse igual
a colheita nunca foi a mesma
Mas...
ao dogma verde você
se submeteu
Afinal, não teve coragem
de dizer
Tenho medo...
da tempestade.
por Pedro Palaoro
Viver do que se quer e
poder rir disso
Fazer do dia a sua batalha
e da hora
o seu presente
O horizonte é nublado
todos espantados
as mulheres em prantos
as crianças em choque
As trovoadas amedrontam
os deuses sem piedade
o mar revolto
Facas em punho
mordaças apertadas
animais grunindo
Mesmo que a terra de todos fosse igual
a colheita nunca foi a mesma
Mas...
ao dogma verde você
se submeteu
Afinal, não teve coragem
de dizer
Tenho medo...
da tempestade.
por Pedro Palaoro
terça-feira, 24 de agosto de 2010
Um horizonte por dia
Se dizer "a cada dia eu supero meus limites" parece uma frase forte
Mais densa é a forma como posso descrever essa sina de a cada oportunidade me reinventar
Me tornar novo, mas sem perder meus princípios, e toda manha olhar para frente de novo
Se não fosse o idealismo e a arte hoje eu não seria... aquilo que pode me representar
Aprender a ver a luz com outro olhar, e a escuridão com um terceiro. afinal o que ela esconde?
Ser curioso ajuda e muito a não desanimar, a não olhar os passos desenhados no passado e se sentir cansado
E como é difícil descobrir o interessante! Mas ao mesmo tempo é fantástico e recompensador
Dessa mistura reaparece o grito voraz, não se calou quando o azedume era tão próximo, porque enfraqueceria por quem você vê sozinho?
Em 23 anos eu não aceitei o marasmo como justificativa para a falta de horizonte
E como quem nos impõe, engana e esconde as verdades não notou por quem pode ser dominado é porque por muito tempo que ele não vai durar.
por Pedro Palaoro
Mais densa é a forma como posso descrever essa sina de a cada oportunidade me reinventar
Me tornar novo, mas sem perder meus princípios, e toda manha olhar para frente de novo
Se não fosse o idealismo e a arte hoje eu não seria... aquilo que pode me representar
Aprender a ver a luz com outro olhar, e a escuridão com um terceiro. afinal o que ela esconde?
Ser curioso ajuda e muito a não desanimar, a não olhar os passos desenhados no passado e se sentir cansado
E como é difícil descobrir o interessante! Mas ao mesmo tempo é fantástico e recompensador
Dessa mistura reaparece o grito voraz, não se calou quando o azedume era tão próximo, porque enfraqueceria por quem você vê sozinho?
Em 23 anos eu não aceitei o marasmo como justificativa para a falta de horizonte
E como quem nos impõe, engana e esconde as verdades não notou por quem pode ser dominado é porque por muito tempo que ele não vai durar.
por Pedro Palaoro
quinta-feira, 18 de março de 2010
Verbalizar
No dia em que se encontra o futuro
O passado se foi
O presente se aglutina
O futuro do preterito se perderia
Se não fosse a sua falta de iniciativa
Cruzar o dilúvio com água pelas canelas é um alívio
Ele te afogava
E mais nada você vê
Tudo seria imcompreensivel
Se não fosse tempo.
por Pedro Palaoro
O passado se foi
O presente se aglutina
O futuro do preterito se perderia
Se não fosse a sua falta de iniciativa
Cruzar o dilúvio com água pelas canelas é um alívio
Ele te afogava
E mais nada você vê
Tudo seria imcompreensivel
Se não fosse tempo.
por Pedro Palaoro
quarta-feira, 15 de abril de 2009
Desse modo
No limite tênue entre a intolerância e o medo
Entre a razão e a discussão
Entre o silêncio e o acorde
Entre o grito e o suspiro
Pelo viés da lucidez
Uma loucura incontrolável
A naturalidade de viver
Um momento ao vento
Tranquilamente pensando
Sem perder o foco
Uma idéia na cabeça
Um caminho a ser percorrido
Passos guias
Placas escondidas
Pessoas amigas
De um bom caminho sozinho
Sou mais do que tudo
Sou meio-termo
Sou mais do que o resto
Sou tudo o que o resto pode ser
Mas que não quer ser
O mais do mesmo
A virgula da frase
Nada que realmente faça resistencia
Maleável até ao ponto de não retomar sua forma
Flutuante como um isopor
Adaptável como um camaleão
Bem armado como o porco espinho
Bem humorado como um sapo soluçante
Bem coberto como um mendigo que se protege do frio
Esbanjado classe como um xeque árabe
Não sei viver sem apreciar
Sem manter o nível em seu ponto exato
Abaixo do cachorro
Acima do presidente do mundo
Em seu meio-termo
Por Pedro Palaoro
Entre a razão e a discussão
Entre o silêncio e o acorde
Entre o grito e o suspiro
Pelo viés da lucidez
Uma loucura incontrolável
A naturalidade de viver
Um momento ao vento
Tranquilamente pensando
Sem perder o foco
Uma idéia na cabeça
Um caminho a ser percorrido
Passos guias
Placas escondidas
Pessoas amigas
De um bom caminho sozinho
Sou mais do que tudo
Sou meio-termo
Sou mais do que o resto
Sou tudo o que o resto pode ser
Mas que não quer ser
O mais do mesmo
A virgula da frase
Nada que realmente faça resistencia
Maleável até ao ponto de não retomar sua forma
Flutuante como um isopor
Adaptável como um camaleão
Bem armado como o porco espinho
Bem humorado como um sapo soluçante
Bem coberto como um mendigo que se protege do frio
Esbanjado classe como um xeque árabe
Não sei viver sem apreciar
Sem manter o nível em seu ponto exato
Abaixo do cachorro
Acima do presidente do mundo
Em seu meio-termo
Por Pedro Palaoro
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