segunda-feira, 10 de setembro de 2007

Teoria de base.

Minha pernas e meus joelhos doem, porque isso é a base corporal, onde sustenta todo meu peso morto.

Ter uma vida é como ter um corpo. É saber a que a base da vivencia, vem da experiência, as cicatrizes, saber fazer a experiência prevalecer nos momentos difíceis, para que não haja sofrimento maior por algo que já se conhece.

Quando esquenta eu sinto dores, por sentir que talvez algo vai acontecer. Sei do meu potencial de reação e mesmo assim fico a lamentar algo que eu fiz certo, e não queria ter feito, pois sabia que acabaria do modo como estou agora. Não tenho culpa de ter aprendido a seguir a razão e não o coração,
e mesmo que eu seja muito sensível emocionalmente, não tenho que ser um pentelho que enche o saco de todos com meus problemas talvez isso pareça um problema quando você pode dividir o problema e não o faz, mas seja sensato e deixe os outros viverem e não atravanque a vida dos mesmos! Talvez seja excesso de autocontrole e falta de coragem para admitir a sua tristeza.

A minha base treme quando sinto algo fora do meu controle acontecer. Seja próximo ou nem tanto, a base é sempre abalada primeiro , e como por ela vc se guia, talvez ai que esteja o problema. Colocar-se a disposição e se doar por inteiro a tudo o esteja a sua frente sempre foi o que aprendi, como posso saber se isso é o melhor, se isto é o melhor, quantas vezes atirei tudo pro alto pra poder me dedicar aquilo que eu achei que realmente importava.

O colégio nunca foi a primeira opção, tempos de vida boemia, que trouxeram tempos de projetos musicais, não foram poucos e foram muito bons tempos. Tempo de um namoro sensacional, que por muito tempo me afastou do foco que existia, para ser focado. Foi ótimo viver àquela maneira, com aquela mulher ....... quando aprendi a amar, ter ciúme, odiar babacas, foi uma experiência que esta na minha base, e jamais esquecerei isso, foi minha primeira vida!

Não duvido que o namoro tenha me encontrado no momento que eu mais precisava de alguém como eu tive, bah meu foi incrível! Não apenas ter uma mulher, era ter um amigo ao meu lado, mesmo que ele não compactuasse com tudo que eu fazia e faço, ter opinião é mais importante pra mim do qualquer coisa, eu me viciei, naquilo que é de viciar, o prazer, não o carnal, que também é muito bom - e viciante - , mas o meu vicio é no cheiro, na presença e na força de opinião, na força de vontade, e de iniciativa que nunca conheci alguém tão próximo que o tivesse.

Puxa-saquismos a parte, ela é um vicio porque soube me tratar como eu deviria ter sido tratado num momento tão delicado da minha vida, e tem a beleza de quem eu sempre quis ter.

Por essas e por outras que a base é tão importante, a mental ou a corporal , ela pode te deixar por baixo, ou por cima, pra você abalar a sua base não é tão fácil, pois o que traz a tona isso é um fato ou uma situação demais importante pra si próprio, e não é fácil ter bom humor com a sua base esta abalada.

A volta dos problemas após um feriadão.

por Pedro Palaoro