Eu busco palavras pra atropelar a tristeza
Chutar o tédio pra longe
E poder sorrir simplesmente
Ao final do soneto
Não terei medo do futuro, e nem do que ele me reserva
Mas não sei como atingi-lo
Ao som mais brusco
Eu tento pensar no menos obvio
Ao ponto de poder ser mais natural nas atitudes
Não tenho resposta pra essas perguntas tolas e tão obvias
Elas não são comuns pra mim.
Sou demasiadamente controlado
E excessivamente bem humorado
O que me faz sorrir momentaneamente
Por vezes lutei para ser outro
Mas quando consigo me assegurar como eu mesmo
Me confundo em minhas próprias idéias
Tenho medo da verdade instantânea
É a verdade sabida, e pouco divertida
Não tenho vergonha das escolhas de outros
O que também aprendi a não ter das minhas
Sou mais louco pelo stress que não consigo fugir
É uma vontade
Um sentido de vida
Uma opção de caminho
Pessimismo demasiado, para minha própria redenção
por Pedro Palaoro