quarta-feira, 20 de abril de 2011

O futebol, minha religião

Hoje é dia de missã
ôôôôôôôôôôôô!
De igreja em igreja
O vinho passa
De mão em mão

Na hora marcada
Tudo em vermelho
Todos bem vestidos
Bola ao centro
Estamos acertados

Em prova o sermão
De nosso representante
frente nossos guardiões

As lembranças dos herois da história
A tanto tempo repassadas
Estamos em boas mãos

Estes agora com as mesmas vestimentas
Quem a produz não faz muita diferença

Mantemos a chama acesa
Choramos por essa paixão
Sorrimos ao lembrar dos bons

O nosso grito abafa os contrários
A paixão jamais nos deixará viver
em paz longe de ti.

Fim da batalha
Ainda não recebemos os pontos

A quem condene por antecipação
Mas só quem viver verá esse fim

Seguimos as ultimas re flexões
Metaforas de lá, apostas de cá

Quem melhor souber utilizar
Da boa conversa amiga
Levará os pontos para melhor usar
Na sua campanha da vida

Pra quem não acertou
a oratória do bando
Domingo que vem tem mais
e na proxima guerra nosso discurso não mudará

Porque futebol é minha religião
O Inter meu credo
O Beira-rio o meu templo.

Por Pedro Palaoro

sexta-feira, 18 de março de 2011

A Consciência

Você sabe quando tem vontade
Você sabe quando tem capacidade
Você sabe quando não se tem oportunidade
se deixa de ser o que se realmente é

eu não tenho maus antecedentes
eu não tenho más indicações
eu não tenho mais explicações

Sou amigo de tantos
Sou parceiro de tantos outros
Sou tão ruim quantos todos

Aquilo que não me faz dormir
Aquilo que não me faz sorrir
Aquilo que não me deixa pensar
não deixa de ser o porque.

Sou tão honesto
Sou tão pagão
Sou tão efêmero
e tão ficcional o quanto se quiser.

A fase de quem quiser
A fase de quem puder
A fase de quem estiver
disposto

Me assemelha
Me capacita
Só me deixa mais louco

E se você viu
E se você não viu
E se você fugiu
não me fez menos triste

Por saber que tudo isso sempre é passageiro
a cada 3 meses.

por Pedro Palaoro

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

O furacão

Ah e como é duro a responsabilidade de conviver a só!
Viver do que se quer e
poder rir disso

Fazer do dia a sua batalha
e da hora
o seu presente

O horizonte é nublado
todos espantados
as mulheres em prantos
as crianças em choque

As trovoadas amedrontam
os deuses sem piedade
o mar revolto

Facas em punho
mordaças apertadas
animais grunindo

Mesmo que a terra de todos fosse igual
a colheita nunca foi a mesma

Mas...
ao dogma verde você
se submeteu

Afinal, não teve coragem
de dizer
Tenho medo...
da tempestade.

por Pedro Palaoro