quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

O furacão

Ah e como é duro a responsabilidade de conviver a só!
Viver do que se quer e
poder rir disso

Fazer do dia a sua batalha
e da hora
o seu presente

O horizonte é nublado
todos espantados
as mulheres em prantos
as crianças em choque

As trovoadas amedrontam
os deuses sem piedade
o mar revolto

Facas em punho
mordaças apertadas
animais grunindo

Mesmo que a terra de todos fosse igual
a colheita nunca foi a mesma

Mas...
ao dogma verde você
se submeteu

Afinal, não teve coragem
de dizer
Tenho medo...
da tempestade.

por Pedro Palaoro

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